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Em Buenos Aires, sindicalistas protestam contra decretos presidenciais de Milei; medidas vão para o Congresso

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Protesto contra medidas do presidente Milei em Buenos Aires

Tres centrais sindicais e partidos de esquerda fizeram um protesto em Buenos Aires, na Argentina, nesta quarta-feira (27) contra as medidas do presidente Javier Milei baixadas por meio de um decreto de necessidade e urgência (DNU), uma forma de evitar a tramitação de propostas pelo Legislativo.

Milei assumiu o governo da Argentina no último dia 10. Ele deve enviar um pacote de medidas ao Congresso nesta quarta-feira para ser discutido em sessões extraordinárias, informou o porta-voz do presidente (veja mais abaixo).

Medidas antipiquetes para dissuadir manifestantes

O novo governo argentino tenta dissuadir os manifestantes com medidas antipiquetes. Esse protocolo foi empregado nesta quarta-feira ? está proibido, por exemplo, interromper o trânsito. Um grupo de manifestantes tentou interromper o fluxo de trânsito na Avenida Corrientes, uma via importante da cidade, e os policiais entraram em ação. Houve empurrões e algumas pessoas foram presas. Na confusão, um ônibus chocou-se com uma viatura de polícia.

Protesto das centrais sindicais

As centrais sindicais protestam porque Milei revogou algumas regras do mercado de trabalho ? entre outras mudanças, ele tornou as demissões mais fáceis.

Os manifestantes foram a uma região da cidade conhecida como Tribunales, onde há diversos prédios da Justiça, porque eles afirmam que Milei está violando a Constituição ao decretar medidas com um DNU.

Tramitação de medidas no Congresso

Manuel Adorni, porta-voz do governo argentino, disse em uma coletiva de imprensa que o texto que o Congresso recebe "inclui reformas profundas, necessárias e urgentes em questões tributárias, trabalhistas, criminais, energéticas e eleitorais".

Trata-se de um complemento a um megadecreto de necessidade e urgência (DNU) anunciado por Milei na semana passada, segundo ele.

"Isso está nas mãos do Poder Legislativo. Os senadores e deputados da nação terão que escolher se vamos em direção à liberdade, para acabar com essa decadência", acrescentou ele, referindo-se a uma profunda crise econômica, com inflação de três dígitos, reservas internacionais líquidas negativas e pobreza acima de 40% da população.

As medidas serão tratadas pelo Congresso em sessões extraordinárias até 31 de janeiro.

Essas medidas são adicionais ao DNU anunciado por Milei na semana passada, que inclui mais de 300 medidas destinadas a desregulamentar a economia, eliminando os controles de preços, liberalizando o comércio exterior e promovendo a atividade industrial.